Sistema de transmissão automotiva: o que é e como funciona?

Você sabia que o sistema de transmissão é responsável por distribuir a força produzida pelo motor do automóvel? É através desse sistema que o seu veículo consegue executar funções básicas, como sair do lugar. Ainda que você não tenha afinidade com serviços mecânicos, é muito importante saber o que são e como funcionam os componentes do seu veículo para que, desta forma, seja mais fácil identificar falhas do automóvel e garantir um atendimento profissional mais adequado e realista, sem enganações. Então, vamos saber mais sobre isso?
O sistema de transmissão automotiva é formado por um conjunto de elementos cuja função é fazer com que a energia produzida pelo motor chegue às rodas do veículo. Ou seja, é o que faz o carro se movimentar.
Além disso, o sistema de transmissão também é responsável pelo ajuste e equilíbrio da força que chega aos pneus. Essa função é executada através da troca de marchas do veículo.
Portanto, seja em veículos automatizados, automáticos ou manuais, o sistema de transmissão vai existir e deve funcionar perfeitamente para que o deslocamento do carro aconteça sem contratempos.
O sistema de transmissão é composto por quatro elementos básicos. São eles:
Falaremos com mais detalhes sobre cada um destes componentes em um tópico específico, mais adiante.
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Por se tratar de um agrupamento de itens e não apenas de uma única peça, o sistema de transmissão funciona em sequências, com a execução de várias etapas diferentes.
Primeiro, temos a transmissão inicial de movimento, que acontece quando o veículo é ligado, quando a embreagem é pressionada e a primeira marcha é engatada.
É dentro da caixa de câmbio que ocorre a regulação da força que será enviada às rodas. Esse controle é feito por meio do tipo de marcha escolhido.
O passo seguinte é realizado por outro componente do sistema de transmissão, que é o diferencial. Ele é responsável por dividir a força produzida pelo motor entre as rodas do veículo.
Vale lembrar que, apesar de o veículo possuir quatro rodas, a divisão de força é proporcional à necessidade de cada pneu durante o percurso que o veículo está realizando.
A etapa final desse processo é o momento em que as rodas finalmente recebem a força necessária para movimentar o carro. Quando isso acontece, as demais marchas podem ser engatadas, o que confere mais velocidade ao veículo.
De forma simples e resumida, o sistema de transmissão executa três funções básicas:
Como vimos, o sistema de transmissão não é apenas um detalhe dos veículos. É dele a responsabilidade de repassar para o carro todos os comandos executados pelo motorista. Por isso, é tão importante que o sistema de transmissão esteja em perfeito estado.
Existem diferentes tipos de transmissão automotiva. Contudo, essa diferenciação não interfere na função geral do sistema. Esta continua acontecendo, mas com algumas particularidades, de acordo com cada modelo.
Vamos conhecer os principais tipos de transmissão automotiva:
O sistema de transmissão manual é o mais comum nos veículos. Neste modelo, a troca de marchas é feita pelo próprio motorista, com acionamento do pedal de embreagem e da caixa de marchas. Por ser uma versão mais simples, esse sistema também exige baixa manutenção.
O sistema de transmissão manual é formado pela embreagem e pela caixa de marchas que, por sua vez, possui 5 níveis de marcha, além de uma ré.
O sistema de transmissão automatizada é bastante similar ao sistema manual. Ambos possuem os mesmos componentes, inclusive. A diferença entre as duas versões está na ausência do pedal de embreagem para a passagem das marchas.
Na transmissão automatizada, o responsável pela troca de marchas e pelo acionamento da embreagem é o câmbio automatizado que funciona por meio de um sistema eletrônico.
Esse sistema eletrônico recebe informações do veículo envolvendo velocidade, interruptor do freio, posição da alavanca do câmbio e outros detalhes. São esses dados que farão com que o sistema perceba a hora de engatar novas marchas.
Apesar de parecer mais prático, em alguns modelos de carros, esse tipo de transmissão costuma ser um pouco mais lenta, se comparada ao modelo convencional.
Na transmissão automática, a troca de marchas também é feita sem a ajuda do pedal da embreagem e de forma espontânea. No lugar da embreagem tradicional, temos uma embreagem hidráulica ou um conversor de torque.
Nesse modelo, além de atuar de forma independente, a troca de marchas funciona sob carga, sem interferir na propulsão produzida pelo veículo. Outra particularidade da transmissão automática está na alavanca de câmbio, que possui comandos diferentes. São eles:
Por fim, temos o sistema de transmissão contínua variável (CVT). Esse tipo de transmissão automotiva é bastante antiga, mas com aplicação eficiente até os dias atuais.
O CVT possui em seu interior duas polias de tamanhos variados e uma correia de alta resistência, substituindo as engrenagens existentes nos demais modelos de sistema de transmissão.
Para movimentar o veículo, a energia produzida pelo motor passa de uma polia para a outra, com a ajuda da correia, e é levada para as rodas. A força empregada nesse processo é aplicada de forma contínua e gradual, sem perder a eficiência.
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Agora que você já sabe o que é um sistema de transmissão, vamos conhecer mais de perto os elementos que o compõem, assim como o papel de cada um deles dentro desse fluxo tão eficiente. Veja a seguir:
Dentro do sistema de transmissão, a embreagem tem a função de interromper a conexão entre o motor e as rodas do veículo. Esse bloqueio acontece para que a troca de marchas aconteça com mais fluidez e com o carro em movimento.
Quando o pedal é pressionado, a força do motor não chega às rodas, o que o mantém parado. Já quando o pé deixa de pressionar o pedal, o motor volta a se conectar com os pneus, permitindo o movimento.
A caixa de câmbio acomoda as embreagens e demais componentes responsáveis pelas marchas do automóvel, como a alavanca, nos casos de veículos manuais.
A função da caixa de câmbio é equilibrar e ajustar a força e a velocidade que são enviadas do motor para as rodas. É o que faz com que o seu veículo encare subidas, descidas, trajetos arenosos, curvas e realize outros esforços com níveis diferentes de força e precisão.
No geral, a caixa de câmbio possui cinco marchas. É o caso dos veículos com sistema de transmissão manual ou automatizado.
Também conhecido como eixo cardã, o eixo de transmissão permite o contato entre outras duas peças do sistema de transmissão: o diferencial e a caixa de câmbio.
A principal função do diferencial é dividir as forças do motor entre as quatro rodas do veículo. Como já visto, essa divisão não acontece de forma equilibrada, pois está sujeita às necessidades de cada roda, durante o movimento do carro.
O diferencial é uma das peças mais importantes do sistema de transmissão, pois possibilita que as rodas utilizem velocidades diferentes sempre que preciso, como nas curvas ou, até mesmo, quando o veículo precisa de mais estabilidade.
Assim como acontece com as demais peças de qualquer veículo, o sistema de transmissão precisa de manutenção constante. É durante a verificação que o mecânico vai avaliar as condições atuais e até futuras do automóvel.
Peças com avarias ou com mau funcionamento e falta de lubrificação são alguns dos problemas comumente detectados. A seguir, vamos listar algumas dicas de manutenção que vão garantir a durabilidade do seu sistema de transmissão:
A troca de óleo deve ser realizada de acordo com as orientações do fabricante do veículo, informação facilmente encontrada em seu manual ou no site da empresa.
Tanto o óleo do diferencial quanto o óleo da caixa de câmbio devem ser verificados e ajustados. Quantidade de óleo menor do que o normal pode resultar em barulhos durante a troca de marchas.
Quaisquer peças com defeito, avaria ou mau funcionamento devem ser substituídas antes que comprometam todo o sistema de transmissão. Muitas vezes, basta algum trinco em uma peça para que ela se torne totalmente ineficiente.
As cruzetas fazem parte do eixo de transmissão e contribuem para que a força do câmbio chegue ao diferencial. Por esta razão, essas pequenas peças devem receber a lubrificação adequada, como a graxa feita a partir de sabão de lítio tipo EP 2, em vez de lubrificantes à base de silicone.
A manutenção automotiva deve acontecer, geralmente, a cada 10 mil quilômetros rodados, quando é necessário trocar o óleo e o filtro de transmissão.
Além disso, por volta dos 50 mil quilômetros rodados, é importante fazer uma manutenção mais profunda e completa de todas as peças do sistema de transmissão e demais componentes do veículo.
A lubrificação das engrenagens e das peças é fundamental para o desempenho do carro. Mas, não esqueça de investir em um lubrificante de qualidade. Do contrário, o efeito pode ser ainda mais prejudicial para o seu veículo.
A mesma dica vale para as peças de reposição. Um único componente de qualidade inferior pode comprometer todo o sistema ou conjunto do qual este elemento faz parte, sobrecarregando o veículo e exigindo uma manutenção ainda mais frequente.
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É possível saber se o sistema de transmissão está danificado observando os sinais emitidos pelo automóvel. É importante ficar atento e saber reconhecer esses indícios para buscar ajuda especializada o quanto antes. Confira os sinais mais comuns de problemas apresentados pelo sistema de transmissão:
Você sabia que, além da falta de manutenção, o sistema de transmissão também pode sofrer deterioração por causa dos maus hábitos adotados durante a condução do veículo?
Existem muitas práticas comuns que, na verdade, deveriam ser evitadas, pois comprometem a durabilidade desses componentes. Pensando nisso, separamos algumas dicas bem interessantes para, em vez de reduzir, aumentar a vida útil do seu sistema de transmissão. Conheça e aplique-as:
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